quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fanzines

Fanzines produzidos em Formação de Apoios à Inclusão tendo como temas geradores: "Ser Apoio à Inclusão na Escola" e "Educação Inclusiva na cidade".




















Cartografias da Inclusão

             O que significa cartografar a inclusão? É o mapear, dar sentidos, realizar trajetórias, caminhos, escutas, percorrer territórios, movimentar-se e analisar estes movimentos que se entrelaçam na comunidade escolar na perspectiva de uma escola para todos.
            A educação inclusiva na Escola Cidadã realiza um deslocamento de olhares e construção de pontes entre os mais diversos sujeitos pertencentes ao espaço escolar. O fio que tece o trabalho do Setor de Educação Inclusiva e Diversidade na Secretaria Municipal de Educação e Desporto de Novo Hamburgo envolve o acompanhamento às escolas e a cada singularidade que emerge em relação às aprendizagens dos sujeitos.
            Orienta-se através dos princípios da Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/SEESP- Portaria 555/2007) e o que se pretende é realizar uma costura ética com a cartografia, que pressupõe dar consistência aos movimentos e transformações necessárias a cada aluno de forma que ele tenha direito ao acesso , permanência e aprendizado na escola garantidos por lei.
            E nesse sentido, anda em consonância com o  Pacto pela Aprendizagem - Todos Tem o Direito de Aprender, que por sua vez cartografa o trabalho colaborativo e de parceria com as Redes de Atendimento  na medida que otimiza e promove o fazer pedagógico. As estratégias e caminhos de ambos se dão em função daquilo que o contexto demanda. Como diz Suely Rolnik (2006): “todas as entradas são boas desde que as saídas sejam múltiplas.”
            Dentro destas múltiplas cartografias que envolvem a inclusão, atualmente o Setor de Ed. Inclusiva e Diversidade assessora e acompanha as Salas de Recursos Multifuncionais, com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos com necessidades educacionais especiais. Conforme a legislação, esse atendimento disponibiliza programas de enriquecimento curricular, ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva. O AEE está articulado com a proposta pedagógica do ensino regular, com vistas à autonomia e independência destes alunos na escola e fora dela. Além disso, o setor também abre espaços de formação permanente aos trabalhadores da educação e organiza a abertura do trabalho no ambiente virtual através do blog (www.cartografiasdainclusao.blogspot.com) a partir das experiências das escolas com a educação inclusiva. Mantemo-nos no constante exercício das costuras em rede, que buscam colocar a diferença em cena na cidade.


ENTRE CAMINHOS JÁ TRILHADOS E NOVAS TRAJETÓRIAS
(Diferenças entre Salas de Recursos e Sala de Recursos Multifuncional):


Salas de Recursos
Sala de Recursos Multifuncional
Período
De 2002 até 2009.

Efetivou-se a partir de 2010.
Público-alvo
Alunos em dificuldade de aprendizagem e alunos com necessidades educacionais especiais.
Atendimento em grupos de 4 alunos.
Alunos com necessidades educacionais especiais (transtornos globais do desenvolvimento, deficiências e altas habilidades/superdotação), atendidos individualmente no contraturno.                                                                                                                                                                                                     
Nº de salas
Em 2009 existiam 27.
Em 2011 existem 39.
Metodologia
Trabalhava com os alunos dentro de uma perspectiva ludica.
Identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras físicas e curriculares para estes alunos.
Conceito
Entendida como um atendimento  de enfoque psicopedagógico, partindo da perspectiva do  aluno.
É um serviço da educação especial existente dentro da escola de caráter não substitutivo e sim complementar ao ensino regular. Contempla à plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas (SEESP/MEC, 2008). Consiste também no apoio e orientação aos professores e às famílias almejando a autonomia e a independência do aluno atendido.

Texto publicado no encarte NH na Escola (Jornal NH dia 26 de agosto de 2011)